quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Didi anticristo(?!)

Eu sempre evito de falar sobre religião, e tudo o que envolve por ser algo polêmico e, por vezes, ofensivo. Afinal de contas, tá rolando uma Guerra "Santa" há muitos anos em territórios no Oriente Médio justamente por isso.
Mas, sério, eu TENHO que postar algo sobre isso.
Hoje eu tive o desprazer de ver essa papagaiada de campanha do Didi Anticristo. 
É, o Renato Aragão, conhecido por ser embaixador da Unicef, patrono do Criança Esperança, o Didi dos Trapalhões... O mesmo que, há anos atrás, começou a vender uma imagem de católico fervoroso, indo a pé até Aparecida do Norte, subindo no braço do cristo Redentor no Rio de Janeiro e tudo o mais.
Pois bem. 
O novo filme dele, ao que parece, vai ter como temática algo levemente polêmico. 
Digo "levemente", pois não vejo nada de mais.
No enredo, ele será o segundo filho de Deus, que vai terminar de cumprir o papel de Jesus Cristo, propagando amor e paz pelo mundo. 


Lindo né?

Mas aparentemente, se dizer filho de Deus E propagar Amor e Paz no mundo é algo do Anticristo.

Meus amores... Sério.... Anticristo!?
Primeiro, procurem saber o que É o termo Anticristo. 
Anticristo (do grego αντιχριστός i.e. "opositor a Cristo") é uma denominação comum no Novo Testamento para designar aqueles que se oponham a Jesus Cristo, e também designa um personagem escatológico, que segundo a tradição cristã dominará o mundo nos últimos dias antes que haja a segunda vinda de Cristo.

Se ele, no filme, vai continuar o que Cristo vinha fazendo em vida... ACHO, apenas acho, se me é permitida interpretação correta de termos E de texto, que ele não está se opondo, mas reafirmando!

E depois, até onde eu sei, todos somos filhos de Deus, não é? Todos fomos enviados à Terra para continuar com os ensinamentos de Jesus sobre amor, paz, solidariedade e afins. Então, pensando por esse ponto de vista, NÓS somos o Anticristo também? 

Levando em conta o mesmo ser uma criatura escatológica, tem a ver até. Afinal... Estamos em 2012, não?


Meus queridos... Duas coisas:

1- Isso é medo do mundo acabar? Pois, se for, eu até entendo. Geral esperando o Anticristo medonhamente ornado com chifres e tridentes, e me vem o Didi com sua Turma. 

2- Sério... Vai lavar uma trouxa de roupas sujas. Certa vez minha professora de Ensino Religioso disse que não adiantava nada ficar propagando coisas em nome de Deus se você busca o Diabo em tudo. (Nesse caso, o tal Anticristo). Se cada um de vocês simplesmente fizesse sua parte como bons cristãos garanto que o mundo seria um lugar bem melhor, e minha timeline do Facebook cada vez menos beata. 


PS: Não sou cristã. Não possuo religião, e nem quero possuir. 
PS2: Mas que é presunção desse cara querer SOZINHO propagar os ensinamentos de Deus no mundo... Ah é xD

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sem comentários


Hoje estou postando esse texto a fim de esclarecer alguns pormenores, acerca desse blog, do intuito da existência dele e tudo o mais que envolva esses temas. Também quero deixar claro o motivo de eu bloquear todos os comentários, inclusive os de quem eu conheço.

Há tempos eu pude notar uma gama imensa de idiotas (sim, idiotas!), que sequer se deram ao trabalho de perder tempo e ler a descrição do meu perfil, e entender o motivo de eu ser sempre tão ácida e irracional em todos os meus textos. Foram avalanches de comentários acerca de linguajar impróprio (bichinhas u.u), opiniões deturpadas, desrespeito a opiniões divergentes e afins.
Pois então, meus queridos, vou tentar ser BEM CLARA. Muito embora eu acredite que o fato de eu afirmar em meu perfil que sou uma desorientada, e que uso esse blog como terapeuta, já deixem a entender que quase tudo o que eu escrevo aqui não é necessariamente sério, muito menos meus gostos, pensamentos e opiniões se limitem a tal.

Criei esse blog enquanto estava na faculdade. Ele nada mais era do que uma piada com nossas aulas, nossas piadas internas. Tudo era pra ser uma bela brincadeira. A prova disso está nos antigos textos, se você estiver a fim, pode comprovar você mesmo!
Com o passar dos anos, e as dificuldades da minha vida, acabei recorrendo ao blog por puro comodismo. Ninguém que eu conhecia lia, e eu me sentia segura em extravasar meus pensamentos mais cretinos com desconhecidos.
Sempre gostei de escrever, e sempre me senti muito melhor escrevendo sobre meus pensamentos mais absurdos. Era como se eu tirasse todos eles de mim, de uma vez, e eles só ficassem presos ao texto. Era um exorcismo.
Bem, de certa forma, ainda é.

Por esse motivo, quero que entendam que: tudo o que escrevo aqui, e boa parte na realidade, nada mais são do que um exorcismo das minhas ideias mais profundas, reprimidas e contraditórias. É tudo aquilo que eu quero fora de mim. Tudo do que quero me livrar.

Recebi um comentário, em especial, num post do qual sempre acreditei ser o mais idiota de todos. “Coisas sobre mim”, ou algo do gênero. Eu fiz questão de responder esse comentário, mas acredito que a criatura sequer irá ver, e provavelmente vai cometer o mesmo erro de achar que eu preciso da opinião dela, e mais ainda: que eu quero mesmo que essas minhas ideias cretinas cheguem e inspirem alguém!
Meu querido, acorde! Não é porque tem nome de ex-presidente que pode se achar dono da razão!

Entenda rapaz. Eu NÃO quero que meu blog seja um sucesso, muito menos que seja conhecido. Isso aqui nada mais é do que uma materialização em palavras daquilo que eu mais detesto em mim. Eu realmente uso esse blog como válvula de escape, e me desculpe se você entendeu errado.
Sobre o fato de eu expor minhas opiniões de uma forma mais educada:
À merda! Sinceramente. Eu to puta da vida com mil coisas a minha volta me perturbando, e cara quer que eu seja educada?!
Meu amor, eu sou educada e plausível com minhas opiniões quando a ocasião exige que assim seja. OU SEJA, com gente que eu conheço, admiro e respeito... Em ocasiões que sei que posso garantir algum tipo de benefício, tanto profissional quanto pessoalmente.
Não vou querer que pessoas que eu desconheço, que nem sei se existem de fato e que não participam da minha vida, me respeitem. Ainda mais, que elas tomem por noção de personalidade um blog como este, onde eu mostro apenas um dos lados da minha personalidade: o colérico.
Assim como todo mundo, possuo muitas qualidades, assim como muitos defeitos. É opção minha expurgar meus demônios aqui, longe daqueles que não os merecem ter por perto.
Se eu quiser ser respeitada, certeza absoluta que não vai ser por conta das minhas reclamações e meus nhenhenhens mais baixos. Muito menos, por conta das minhas indiretas pra ex-companheiros e antigos amigos. Quero que me admirem pela minha inteligência, pelos meus talentos e, porque não, pela minha beleza!?
Mas com toda certeza do mundo, não vai ser com um blog que eu vou conseguir isso. Desprezo boa parte da turminha da High Society da internet por saber que o único círculo social deles é esse: o virtual.
Eu prefiro a vida real. Cheia de defeitinhos e carregada de realidade. Se eu quiser fantasiar, vou ler um bom livro.

Por isso, decidi que iria bloquear os comentários. Primeiro porque acabo me esquecendo de ver todos, e só os encontro meses depois. Segundo, porque tenho mais o que fazer da vida pra dar atenção a um bando de cretinos, que ACHAM que fazem muito comentando meus textos, como se eu precisasse da opinião deles pra, como é mesmo... Evoluir com “uma critica construtiva”.  Meu querido... Crítica construtiva eu só aceito de amigos e do orientador do meu TCC.  Vou bloquear os comentários, pois, desde o começo, esse blog foi um meio PESSOAL de eu expressar tudo aquilo que seria socialmente repulsivo. Eu deixo minhas opiniões racionais e mais corretas pra minha vida, junto com a ética que me é exigida no trabalho acadêmico. Pra quem eu desconheço, fica apenas a vontade de eu enxotar de mim aquilo que eu detesto, direcionando ao léu. Não quero ofender quem me cerca e quem se importa comigo, de verdade.
Também não quero ofender quem eu desconheço, mas se tem gente que se dói por eu achar as letras de Legião Urbana uma merda, sinto muito. A culpa não é minha se você não tem mais o que fazer da vida, NÉ!?

Praqueles que me conhecem, eu aceito comentários e sugestões via facebook, MSN, SMS, telefonema, e-mail ou, melhor ainda, na mesa de um boteco com uma bela Serramalte gelada na mesa.
Já pros outros... Se quiserem, sigam meu exemplo e criem um blog, falem o que quiserem de mim. Eu não vou ver mesmo. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Nós, os esquisitos.



Hoje, venho até aqui para representar uma classe em especial: os esquisitos.

Estranhos, bizarros, anormais, fora do comum... Criaturas que não se enquadram social ou psicologicamente em grupos pré-estabelecidos pela sociedade vigente.

Nós, os esquisitos.
Caracterizados principalmente por uma mescla de gostos incomuns, opiniões infindáveis e pensamentos desconexos. Bizonhos. Os seres que representam a metamorfose ambulante do ser, parecer e pensar. Mescla do crer e não crer.
Venho por meio dessa carta aberta expressar meu descontentamento. E devo dizer que todo ele é para com vocês, pessoas auto-classificadas como normais.
Devo dizer que esse descontentamento, e porque não essa mágoa, não vem de hoje, tampouco de dias ou meses atrás. Acrescento, ainda, que meu desagrado me acompanha por toda uma vida.

Desde que nasci, sou tratada como anormal. Filha única de mãe solteira, eu fui renegada em muitas igrejas católicas onde minha pobre mãe tentou me batizar. Graças a uma alma caridosa, um padre de uma igrejinha humilde aceitou realizar tal pleito imoral. Quando cresci, adquiri o hábito de lutar com espadinhas de plástico. (Minha preferida era azul escura, linda!). Mas meus coleguinhas do Maternal II pareciam não aceitar o fato de eu, uma garotinha magrela, pirar no cabeção com minhas espadinhas coloridas. Era quase todo dia que retornava a minha residência cheia de mordidas e marcas roxas de beliscões. Não era NORMAL uma menina tão pequena brincar com coisas de menino.
Aos seis anos de idade, aprendi a ler. Resultado de um esforço conjunto entre minha mãe, meu avô materno e minha professorinha da Pré Escola. Daí pra frente, a prática virou um hábito (que persiste até hoje), mas que, na época, era visto como incomum pela mãe de uma coleguinha. Ela dizia “Essa criança num é normal, leva numa psicóloga e vê o que tem”.  Por sorte, minha mãe sempre foi muito racional.
Fui crescendo, e a cada ano que passava, maior parte das pessoas NORMAIS ao meu redor me julgavam, criticavam, rotulavam, sem eu nem ao menos saber o motivo. Certa vez era eu que estava muito magra: “Filha de mãe solteira, coitadinha, por isso é desnutrida!”;  e sempre riam de mim. Por vezes, as demais crianças repetiam o que seus pais falavam em casa, na escola: “Nossa Deborah, você tem um pai!”.
Quando atingi certa idade, procurei tentar me encaixar entre vocês, os normais. Nada muito satisfatório, nem bem arranjado já que, todo esse esforço, acabou me rendendo só mais chacotas, apelidos jocosos e olhares oblíquos. Entendi, então, que deveria assumir o que eu era: uma esquisita.
Cresci pensando ser errada ao ser quem era; cresci achando que, se eu me adequasse talvez às pessoas gostassem mais de mim. Sempre busquei a aceitação dos que me cercavam, quando quem deveria me aceitar era eu mesma. Sofri.

Mas também sobrevivi. E estou muito bem, obrigada!
Quando encontrei a aceitação que precisava, resolvi me refugiar com os meus: os outros esquisitos. Estamos por toda a parte, nos esquivando dos seus olhares maldosos e seus julgamentos precipitados. Dos seus preceitos e conceitos deturpados... De todos os seus valores invertidos, da sua sociedade burguesa que, atualmente, prega a ditadura da felicidade. Vez ou outra, vocês se lembram da gente, quando precisam se sentir superiores a alguém, mas são incapazes de direcionar sua raiva para algo consciente. É sempre para nós que sua raiva é direcionada. Vocês se lembram de nós quando, no fundo, percebem que não conseguiram ser nada além do que aparentam ser: normais.
Segui o exemplo de meus iguais. Talvez por comodismo ou autodefesa, decidi que não iria mais me envolver em questões das quais vocês ditavam as regras.
Resolvi deixar o mundo nas mãos de vocês.

Erro meu. Erro de todos nós, os esquisitos.

Mas é em nome do mundo, que venho falar aqui. É em nome do mundo, que vocês normais fizeram o favor de cagar.

Confesso que meu quê revanchista adorou perceber que nenhum de vocês, que ria de mim, foi capaz de administrar esse planeta. Nenhum normal foi mais que o próprio excremento que evacua todas as manhãs, após tomar Activia.  Nenhum.

Nós, os esquisitos, viemos por meio dessa, avisar que vamos voltar.  
Que seu reinado repleto de normalidades está acabando, e que 2012 será o início do nosso retorno.
Nós esquisitos devemos, ainda, desculpas ao mundo. Não deveríamos, nunca, ter nos acomodado (seja por conforto ou medo). Nosso maior erro foi crer em todas as inverdades desses normais. Foi baixar a cabeça, e comprar suas ideias pútridas, baixas e medíocres.

Afinal, mediocridade hoje em dia, é muito normal.


 A prova histórica de que um de nós é capaz de ser genial. 
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Esquisito: adjetivo. Não usual, fora do comum. Raro, delicioso, excelente. Bem-acabado, primoroso. Extravagante, singular, excêntrico.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Curioso

É o fato de a minha postagem mais visitada ser a sobre "Aquarianos" e toda essa baboseira grosélica de astros e etc. O que me deixa mais curiosa e saber o motivo de as minhas outras postagens, com muito mais conteúdo filosófico, serem tão ignoradas em relação a essa.

Daí eu lembro que estou em um país onde comédia é levada a sério, políticos na brincadeira; onde exigem que atletas olímpicos ganhem medalhas de ouro sem sequer terem patrocínio para treinar; que se gaba do seu futebol como se este fosse AINDA o melhor do mundo mas não dá exemplo de igualdade (salarial) nem entre jogadores do mesmo time, quanto mais entre feminino e masculino; um país que liga mais pro ranking das olimpíadas do que pro ranking do IDH ou da educação.

Então deixei de achar tudo muito curioso, fiquei uns dez minutos puta da vida, mas acabei me acomodando na minha (não muito) confortável vida. Afinal, vou seguir o exemplo dos medíocres que me cercam e tentar ser feliz. Pois é isso que todo mundo quer, até as pessoas na timeline do meu Facebook.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Medo da prole medíocre

AVISO: O CONTEÚDO A SEGUIR LEVA EM CONTA APENAS MINHAS OPINIÕES PESSOAIS, ASSUMINDO A POSTURA DE  QUE AS SUAS, SE PORVENTURA QUEIRA EXPRESSÁ-LAS, NÃO SERÃO LEVADAS EM CONSIDERAÇÃO. OBRIGADA. 
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Ando assustada com a velocidade que o relógio corre, e isso se mostra muito aparente quando vejo pessoas a minha volta, tão crianças quanto eu fui um dia, casando e parindo.

É deveras assustador.

A ponto de me levar a pensar na possibilidade de eu, um dia, gerar descendentes.

De todos esses pensamentos divagantes, a unica resposta que me vem em mente: não.

Não quero ter filhos. Não para colocá-los em um mundo pútrido, assolado por guerras, destruição, preconceito, dor, desgraça... Não vou colocar uma criança em um um mundo condenado, abarrotado por pessoas insanas e tiranas, que oprimem alguns pobres coitados que tentam, a todo custo, sobreviver, já que VIVER, propriamente,  há muito deixou de ser cogitado. 
Mas como se não bastasse esse clichê marxista entre luta de classes, o tirano versus oprimido, hoje somos abastadamente cercados do ser medíocre. 
O medíocre se adapta perfeitamente a situação de oprimido, pouco se importa com isso, nada faz para mudar, se contenta em reclamar do corriqueiro e não move um dedo sequer pra ajudar quem de fato necessita. O medíocre não tem coração, não tem alma. 

Tenho medo de ter um filho. Medo de ter um filho que passe a vida como uma criatura infeliz e oprimida. Mas tenho mais medo de ter um filho e, este seja tão estúpido a ponto de achar que pode ser feliz em um mundo onde exista tanta infelicidade. 
Em um mundo onde 80% da população é que nem ele: medíocre.

Por ser professora, prezo muito pela educação e pela cultura. Também prezo pelo total desenvolvimento, físico e intelectual, de todos os meus alunos. 
E também pelo meu.

Parte da minha teoria de que o mundo está abarrotado de pessoas medíocres, que impedem uma mudança total da situação, por estarem felizes demais com sua posição patética é justamente a falta de educação; a não formação total do intelecto do ser. 
Tenho pra mim que para poder educar e criar um filho eu precise estar bem comigo mesma... Que é necessário eu já ter cumprido todas as minhas etapas de desenvolvimento psicológico e social (algo que eu não alcancei). Levando em conta que, por anos, as regras sociais ditavam que para uma pessoa completar seu círculo de vida deveria casar-se e ter um filho, logo depois. 
Tudo isso fez com que muitas pessoas, no mesmo estágio de desenvolvimento que eu, ou mais "atrasadas", gerassem crianças das quais não tiveram a capacidade de criar e propiciar total desenvolvimento... E assim por diante.

Por repudiar esse tipo de coisa, não quero ter filhos. Até segunda ordem. 
Enquanto eu não for boa o suficiente pra arcar com minhas próprias contas, já possuindo uma vida financeira estável, não quero. 
Também não quero ter filhos por me sentir excluída de um meio social onde todos os pertencentes veem isso como obrigatório. Não quero ter um filho se não vou ter a capacidade de criá-lo, educá-lo e amá-lo como ele o bem merece.
Queria que algumas pessoas, além de mim, pudessem pensar um pouco nisso antes de gerar seus próprios filhos.
Não que todos tenham que parar de gerar criancinhas fofas, pelo contrário. Mas que todos tenham noção que maternidade/paternidade não é uma moda, mas sim um compromisso pra vida toda, do qual não há mais volta ou oportunidade de recomeço. 

Eu "nasci sozinha", ou seja,  fui criada sozinha, tendo em vista que sou filha unica e a mais nova da família. 
Hoje, tenho muitos amigos. E isso me basta. 
Isso basta pra eu saber que não preciso gerar um filho por medo de ficar sozinha daqui alguns anos.
Se solidão for um problema eu adoto algum animal de estimação.
E ainda assim, não sei se sou de todo responsável. Mal cuido da minha cachorra, quem dirá de uma criança!



Além do mais, não quero deixar o universo glamouroso e alternativo dos espartilhos e das cinta-ligas tão logo. Não quero abandonar meus saltos agulha, minhas botas, meus coturnos.

Não quero deixar minhas noites de cervejada na casa de amigos ou em bares por conta disso. 

E aos que tem filhos e ainda o fazem... Sugiro uma babá, ou então vergonha na cara.