sábado, 31 de março de 2012

10 fatos sobre mim

1- Não sou vegetariana. Não como carne porque não gosto.
Muito embora ache muito interessante a ideia, minhas crenças pessoas fazem com que eu desacredite que deixar de consumir carne fará do mundo um lugar mais justo para com os animais. E eu não estou defendendo posição alguma, apenas expondo meu ponto de vista.
Além do que, já tentei ser uma adepta há anos atrás, e em todas as vezes fui parar em um Pronto Socorro, já que tenho um problema de saúde que faz com que eu perca proteína pela urina. É eu deixar de consumir carne e lá vou eu pros complexos vitamínicos e para o soro.

2- Eu não curto o ideal pirata de ser.
Foi moda na época do "Piratas do Caribe" um zilhão de pessoas aderirem ao estilo de vida Pirata. Principalmente pras bandas do bairro da Liberdade, em São Paulo.
Não, eu não fazia parte daquele grupo. E não, não me arrependo disso.

3- Não gosto de Odin, não acredito em paraísos nórdicos e muito menos desejo ser um.
É costume dos fãs de Metal e adjacentes venerarem a mitologia nórdica a extremos, e achar que todo mundo que curte esses estilos musicais também o faz.
Queridos, acreditem, não! Eu mesma detesto. E se você namorasse um cara que se dissesse encarnação de Odin no mundo contemporâneo, você também detestaria, fikdik.

4- Não gosto de Legião Urbana.
Simples assim. Não gosto da banda. Muito errado o que esses grupos de estilos musicais fazem: essa banda todo mundo TEM que gostar, TEM que amar, TEM que venerar.
Na boa, acho merdinha boa parte das letras, e não vai ser porque meio mundo diz ser perfeito (sem nem escutar todas as músicas, a não ser os grandes sucessos) que vai me fazer mudar de ideia.
Sou muito mais Cazuza, embora eu sabia que nem rola comparar um com outro.

5- Não gosto de Velhas Virgens e afins.
Errado também é achar que eu gosto de bandas assim. Seria bem hipócrita da minha parte, já que critico muito as músicas de funk pelas letras cretinas e abusivas contra as mulheres. Não sou feminista, só tento ser o mais justa possível.
Muito embora eu admita que a "roupagem" Velhas Virgens é MUITO melhor do que a dos funk's da vida.

6- Curto a cultura japonesa mas não anseio ser uma descendente.
E isso se enquadra pra muitos amigos meus. Certeza.
Só porque a gente curte animes, doramas, mangás, músicas e cultura japonesa em geral, não significa que todos nós queiramos ser japoneses.

7- Não gosto de debater.
E o motivo é simples: quase ninguém que eu conheço sabe debater. Na maior parte do tempo só tendem a mostrar o motivo de estarem certos e você, errado. Um debate de verdade sempre leva em consideração ambos os lados e, principalmente, gozam de todo um respeito para com o outro lado.
Desconheço um número razoável de pessoas que sejam capazes de fazer isso. Nem eu sei se sou capaz disso.

8- Não gosto de Metallica.
Um adendo muito importante sobre minha pessoa. Eu sou fã de Iron Maiden. Jamé de Metallica. Não pela banda ser ruim ou algo do gênero. Sei da qualidade do som dos caras e os respeito muito. Só não gosto. Simples assim.

9- Não sou cristã.
Embora minha mãe tenha me enfiado nesse mundo cristão logo cedo, de forma alguma eu pertenço a ele. Não me identifico com seus pensamentos e crenças, e muito menos com a maioria das pessoas que encontrei no meu curto caminho frequentando missas e cultos. Não sou metida a satanista nem nada do gênero, só não acredito.

10- Não me importo com o que pensam sobre o que escrevo.
Só escrevi isso aqui no blog pois sei que ninguém, além dos meus amigos, o leem. E achei um tanto desrespeitoso para com aqueles meus companheiros que não sabem debater.
Problema seu se discordou e achou desnecessário. Se você é um desses e for comentar algo, nem tente. Eu nem vou ler e vou excluir mesmo, como já fiz com os outros.
É... E eu não sei lidar bem com críticas. Pelo menos não com aquelas vindas de semi-analfabetos que eu desconheço.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Cacos, chicletes e mosaicos.



"Tristeza é que nem chiclete. Você tem que mastigar e mastigar, até que vire uma massa sem gosto e sem graça... Aí você cospe."*

Certa vez escutei essa frase, e ela ecoou em minha mente até então. E no dia de hoje, eu queria ter me lembrado dela, em uma súbita intervenção telefônica, regada a ressentimentos, dúvidas e lágrimas.

Por isso, vou escrever agora. Por isso, vou falar o que, naquela hora, não tive como dizer.
Você me disse que estava quebrada. Que não tinha mais o que fizessem com você, não sobrou um pedacinho inteiro. Você me disse estar em cacos.
E é aí que eu lhe digo, após remoer meus pensamentos entre as divagações eternas e absurdas dos meus colegas.
São dos cacos que nascem as melhores obras de arte. Os mais belos mosaicos, as mais lindas esculturas são moldadas em "cacos" de pedras, os fantásticos vitrais das catedrais góticas... O que é a música, se não a junção de seus "cacos", as notas musicais? E as pinturas, fragmentadas em cores e formas, partículas e mais partículas de pigmentos e porções de tinta.
As mais saborosas comidas são constituídas em partes; em "cacos" de sabores que, se consumidos separadamente, podem nos entorpecer tamanho o enjoo que nos causam.
Na natureza, a estrela-do-mar é o exemplo de regeneração. Por mais partes que você a divida, sempre surgem reconstituições, reproduções, vindas de seus "cacos".

Você está em cacos, sim. Mas o mundo não vai parar para que você possa colá-los.

Camilla, ninguém é inteiriço. Todos nós, seres humanos, somos feitos da junção de milhões de "cacos", que são quebrados e recolocados ao decorrer de nossas vidas.
Eu sei que você, inteligente e forte como é, vai conseguir juntar todos os caquinhos e montar um lindo mosaico e, assim, esfregá-lo na cara do mundo.

Mas enquanto você cria esse desenho juntando seus cacos, mastigue esse seu chiclete. Uma hora o sabor acaba, o amargo passa e, quando seu maxilar doer depois de tanto mastigar... Cuspa!

Mas cuspa na cara deles, ok?! ;)




* Escutei essa frase no terceiro episódio da série da TV Cultura, "Tudo o que é sólido pode derreter". Quem quiser pode assistir os episódios gratuitamente aqui.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Chega de sonhos

Há alguns anos atrás, quando resolvi abrir mais um blog, não tive muito em que pensar quando escolhi o título “Dream”. Creio que é bem autoexplicativo. O sonho, pra mim, sempre foi a única forma em que eu poderia escapar da minha dura realidade; onde tudo sempre foi possível. Quando eu cresci, entrei na faculdade e comecei a estudar a fundo tudo aquilo que sempre me fascinou na história do mundo, acabei por mesclar meus sonhos com meus planos futuros. Coloquei-os em minha vida como um plano de metas, com as quais eu deveria seguir e cumprir. Meus sonhos se tornaram meus planos de vida.

Afoguei-me em utopias cem anos mais velhas que eu.

Logo quando terminei minha graduação e caí no mundo real, me deparei com um lugar que nada tinha de encantado, a não ser a grande quantidade de vilões que nele viviam.

E aqueles sonhos, que antes me impulsionavam para frente, adiante... Prendiam-me mais e mais a um passado frio e limoso, que em nada me acrescentava à vida.

E nesse momento eu me perdi.

Perdi-me entre sonhos funestos, que mais posso chamá-los de pesadelos. Minha vida pessoal virou um inferno, até hoje recolho os cacos da minha vida profissional. E então, tristemente, percebi que toda essa minha fascinação pelo mundo dos sonhos acabou se tornando um fardo.

Sonhei tanto que por muito tempo esqueci-me de viver vida. Estive ausente de mim mesma. Estive ausente do meu mundo, vivendo sonhos mofados de pessoas que sequer os tentaram viver.

Essa noite, eu sonhei. Mas não foi com você.

Nessa outra noite, quero um sono sem sonhos. Uma mente livre de pensamentos, bons ou ruins. Apenas a escuridão e o nada.

Chega de sonhos. Ao menos essa noite.