Pensei boa parte do dia em como fazer uma homenagem ao senhor, professor.
Queria que fosse algo especial. Algo digno de sua pessoa, de sua inteligência... De sua tamanha sabedoria.
Daí percebi que nada mais sou que uma reles aprendiz. Uma aluna de suas ideias mirabolantes, de seu mundo fantástico e de sua persona, sempre coerente e pronta para pensar profundamente acerca do mundo que o cerca.
Com o senhor, aprendi a escrever. Não que não fosse alfabetizada, mas que, antes, não colocava sangue e suor e meus textos. Antes, as palavras não saíam de mim. Eu não sabia que, para escrever bem, era necessário sofrer. Sofrer com a dor de querer expressar algo que se sente, que se pensa, mas que, ao buscar as infindáveis palavras, não se consegue. Aprendi que escrever dói.
Mas também descobri que, quando consigo atingir meu objetivo, tamanha é a minha felicidade ao ler algo que eu pude expressar perfeitamente com palavras, para que outras pessoas possam entender e conhecer.
Digo, hoje, que me tornei uma pessoa melhor. E posso dizer, também, que foi graças ao senhor.
E, por mais engraçado que pareça, foi dessa forma, professor, que descobri que acreditar em Deus não é nenhuma vergonha. Mesmo que esse Deus não exista.
Obrigada por existir. E que Valinor seja tão linda como eu a imagino. Espero poder encontrá-lo por aí, quando for minha hora de partir.