Sim, eu sei... eu desapareci por uns tempos. Perdão, ok?!
Realmente esses momentos de final de curso superior deixam qualquer ser maluco. Hoje mesmo tenho uma bela prova. Consegui dar uma escapada de meus afazeres para postar algo que me intriga.
Na realidade... é mais uma de minhas filosofias baratas, que só interessam a mim. Creio que muitos pouco se importam em pensar essas coisas.
Há uns dias, estive doente. Na realidade, estou me recuperando. E, como tenho um namorado à moda antiga, recebi um belo ramalhete de rosas. Todas muito belas e perfumadas.
Nesse mesmo dia estivemos conversando sobre muitas coisas. Dentre elas, Sid Vicious. Devo dizer que me desculpem os seus fãs, mas de fato, nunca vi nada de genial ou fabuloso nesse ser.
E é sobre isso que venho falar. Não sobre Sid (se me permitem a intimidade), nem sobre as rosas. Mas sobre algo que ambos tem em comum: o vício pela imagem.
Sid sempre me pareceu um cara engajado. Isso quando eu tinha uns 13 anos. Nessa idade, meu intuíto principal era chocar as pessoas. E nada melhor do que ouvir uma música que causa ojeriza a muitos para tal intento. O que não me ocorria na época, era que Sid não era nada além de uma casca na qual eu via cicatrizada aquela imagem de rebelde sem causa... aquele ser que com nada se importa. "Viva intensamente, morra jovem e bonito". Isso sempre me impressionou, e até hoje me impressiona. A idéia de morrer como mártir de uma causa X realmente me comove e atrai. O problema disso tudo, é que não consigo ver com que causa ele estaria metido. A realidade era que nem ele próprio sabia. Sid sempre foi usado... tamanha sua incapacidade de viver por conta própria, sempre foi arrastado por ondas que, esporadicamente, avassalam nossas vidas. Ora era Nancy, ora os vícios. Nada lhe restava a não ser a imagem. E ele era apenas isso: imagem. Beleza.
A beleza de Sid era algo que de fato, para muitos, é tida como inexistente. Mas garanto que é o estereótipo que muito me atrai. Estranheza, magreza. Mas ele não tinha um quesito essencial para ser "perfeito"... a genialidade. Pelo menos, até hoje não pude ver um traço dessa característica em sua personalidade.
Falando desse jeito, vocês podem encarar que eu não goste de Sid Vicious. Mas não é bem assim, gosto do rapaz. Gosto da sua imagem. O que não me agrada é exatamente isso... ele ser apenas uma imagem.
Também sei que posso estar entrando em um campo no qual não quero, que é sua importância no cenário punk, que há muito não "exploro" a fundo. Mas, me perdoem, não consigo ver importância alguma além de sua imagem.
De qualquer forma, me faltam as rosas. Bem... há uns dias notei a presença de pétalas caídas em vários cantos da casa. Me perguntava o motivo de elas estarem por aí, soltas... e nada me vinha em mente! Até que hoje, pela manhã, presenciei o fenômeno mais inusitado; algo que nunca imaginaria.
Foi um pequeno ruído que me fez virar o rosto e mirar o vaso de flores. E vi, com certa incredulidade, que a própria rosa soltava todas as suas pétalas. Por conta própria. Assim... como se as cuspisse do caule. Devem vocês imaginar que sou uma criatura idiota... mas nunca havia reparado nessa atitude por parte de uma planta.
Para mim pareceu como se, acima de tudo, a rosa estaria abrindo mão de sua vida para preservar sua beleza. cuspindo as pétalas, seu perfume e sua beleza continuariam vivos, mesmo sem sua vida essencial. Mas sua essência sobreviveria por um tempo a mais, independente de sua vida.
Algo que me fez refletir.
Até que ponto o sacrifício valeria a pena?
Não sei... qual a função de uma rosa? Talvez se sacrificar por sua unica função seja algo louvável.
Então...qual seria o motivo do sacrifício de tantos outros seres humanos?! Já que, na real, não temos noção alguma de nossa função.
É... não cheguei em conclusão alguma.
Apenas que, assim como Sid, minhas rosas tem um vício muito grande, que as leva à morte sem hesitar: a vaidade.
"Love Kill's", como diria Dee Dee Ramone. Amor mata... principalmente o amor próprio!